Apesar de serem fenômenos naturais, os desastres são impulsionados por mudanças climáticas
Os “desastres da natureza” estão presentes no mundo desde sempre. Porém, esses momentos têm se intensificado e acontecido com cada vez mais frequência, o que tem acarretado perdas, físicas e financeiras, destruições e, infelizmente, mortes. Neste cenário, a pergunta que fica é: seriam eles, apenas, desastres naturais mesmo?
O litoral norte do estado de São Paulo, que é conhecido por lindas praias que movimenta o turismo regional, recentemente, foi palco de uma tragédia que chocou a população de todo o país. Uma grande tempestade atingiu quatro cidades próximas, sendo Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba e a mais prejudicada São Sebastião. O fato causou enchentes e deslizamentos de terra que deixaram muitas vítimas e um rastro de destruição.
Diversos fatores climáticos contribuíram com a tragédia, que registrou o maior acumulado de chuvas da história. Especialistas apontam que o avanço de uma frente fria provocou intensas precipitações que duraram vários dias e o aquecimento das águas do mar potencializou-as ainda mais.
O cientista brasileiro, referência global em meteorologia e climatologia, Carlos Nobre, explica, em entrevista, que esses casos tendem a ser cada vez mais frequentes e mais graves no Brasil. Segundo ele, o risco é decorrente do aquecimento constante do planeta, impulsionado pelo lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. “Se continuarmos, em 2023 teremos o recorde de emissões no planeta, vamos manter o aumento da temperatura e esses fenômenos que vivenciamos hoje serão brincadeira perto do futuro”, diz o pesquisador.
Parar a escalada do aquecimento global é o maior desafio já enfrentado pela humanidade, de acordo com o especialista. Para evitar esses desastres no futuro, o Brasil e o mundo precisam alcançar as metas do Acordo de Paris para não deixar a temperatura subir acima de 1,5ºC.
A Lar Plásticos, plataforma de transformação sustentável, solidariza-se com a tragédia do litoral norte de São Paulo e reforça a importância da proteção e defesa do meio ambiente para que desastres como esse sejam revertidos ao invés de intensificados. A organização trabalha desenvolvendo a circularidade do plástico com o objetivo de minimizar o impacto causado ao planeta ao passo que colabora para que situações como essa não continuem a tirar a vida de centenas de pessoas.
Crédito: Vinicius Freitas/Governo do Estado de SP.
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