Entenda como o tratamento incorreto dos resíduos sólidos podem impactar na emissão de gases poluentes e ter efeitos irreversíveis ao planeta.
Em todas as etapas de desenvolvimento de um produto, desde a extração de matéria-prima, passando pela manufatura e o consumo, até chegar ao fim da vida útil e descarte, há diferentes graus de emissões de gases de efeito estufa. Desta forma, é possível afirmar que, quando se fala em mudanças climáticas, todo o processo produtivo é envolvido como parte da questão.
Neste sentido, a produção desenfreada impulsionada pelo consumo e descarte acelerados presentes no mundo globalizado tem gerado uma série de problemas para o planeta, gerando sérias consequências para a vida e a natureza. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são produzidas, por exemplo, mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos no mundo anualmente. De acordo com a entidade, para suprir o uso de recursos e absorver essa quantidade de resíduo gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra.
Os efeitos disso já vêm sendo sentidos em diversas partes do mundo. Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apontam que o aumento da temperatura média global deve alcançar 1,5 grau de aquecimento nas próximas duas décadas, no melhor dos cenários. Na prática, isso significa alterações ambientais graves que representam o colapso climático, como incêndios, ondas de calor e estiagem.
Pela primeira vez na história da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP, que chegou a sua 27ª edição no final de 2022, a gestão de resíduos sólidos foi discutida como uma oportunidade significativa para o enfrentamento da questão. O assunto foi debatido pelos maiores especialistas no assunto e tem grandes chances de ser um dos focos da próxima reunião da cúpula, na COP28.
Um estudo do Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), apontou que a má gestão do resíduo é responsável pela emissão de 6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera e os resíduos sólidos urbanos têm grande participação nesse número.
O gerenciamento correto desse material deve ser uma preocupação constante da sociedade, sendo uma responsabilidade compartilhada entre todas as esferas. A Lar Plásticos se posiciona há mais de uma década como um case de sucesso na gestão do resíduo plástico, por exemplo. Com foco na transformação e reinserção desse material na cadeia produtiva, a marca contribui com a destinação correta do que seria descartado como lixo, além de poupar a extração de matéria-prima virgem da natureza.
